Profissionais da Saúde x Covid-19
Quando se vai pra uma guerra…
… não há garantia do retorno. Não há garantia em podermos ver mais uma vez àqueles que amamos. Não há a garantia de mais um abraço no amor. Não há a garantia de mais um sorriso ao lado da mãe. Não há a garantia de mais uma vez sentir o afago do papai. Não há a garantia de, pela última vez sentir o cheiro do filho. Não há garantia que poderemos deitar mais uma vez em nossa cama. Não há a garantia que iremos tomar um belo café em nossa xícara predileta. Não há garantia…
A guerra é indiferente a sentimentos e expectativas. A guerra não é piedosa. Guerra sempre é guerra. Porém, quando enfrentamos um inimigo invisível e incerto, com pontos fracos ainda contestados e discutidos, nossas armas se tornam vãs.
O agente de limpeza faz o possível para higienizar o local devidamente. O porteiro com toda a atenção recebe os pacientes, permitindo que se encaminhem à recepção. Se a vítima vier em estado mais frágil, o maqueiro irá ao seu encontro. O condutor não irá escolher horário, situação natural ou estrada preferida: ele irá a todo custo. Agentes de laboratório e raio-x na apreensão que os exames que farão dêem negativo.
Frentes de guerra. Os primeiros a ter contato com o inimigo. Mas são obstinados, estão em suas trincheiras. Não irá ceder ao medo e ao pavor.
Médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem. Esses são os capitães. Esses são os comandantes da tropa. São os que se atrevem a interceptar a investida do inimigo para poupar seus comandados. Não irão abandonar a missão. Mesmo que custe a vida.
As tropas oponentes estão furiosas. Têm armas poderosas. São letais. Mas não serão vencedores.Todos ansiamos pelo fim da batalha. Todos ansiamos pela vitória. As tropas aliadas não podem entrar diretamente na guerra. Mas estamos na retaguarda. Nossas armas são as orações. Estamos clamando pela vida de vocês.
Voltem com a vitória.
Ao final, iremos hastear a bandeira da vitória. Deus vos abençoe
Rodrigo Santos / Tobias Barreto – SE / 19/07/2020