O médico Gilmar Calasans Lima, que morreu de covid-19Imagem: Arquivo pessoal
Após quatro dias de tratamento domiciliar com hidroxicloroquina contra o novo coronavírus, o médico Gilmar Calasans Lima, 55, morreu 45 minutos depois de dar entrada na emergência do Hospital da Costa do Cacau, em Ilhéus, com um quadro de parada cardiorrespiratória.
A informação é do secretário de Saúde do Estado da Bahia, Fábio Vilas-Boas.Segundo o titular da pasta, por ser médico, Lima teve acesso à combinação de hidroxicloroquina e azitromicina sem a necessidade de receita médica. Ele era hipertenso e diabético. Um dos efeitos colaterais da hidroxicloroquina são alterações cardiovasculares, mas não é possível saber se a morte está relacionado ao uso do remédio.
“É sabido que a cloroquina e a hidroxicloroquina podem levar a arritmias cardíacas graves potencialmente fatais. Seu uso deveser precedido de avaliação cardiológica e realização de eletrocardiograma”, declarou Vilas-Boas, ao portal Metro1.A hidroxicloroquina é a versão menos tóxica da cloroquina.
Seu uso foi liberado pelo Governo do Estado da Bahia no último dia 8 exclusivamente para tratamento em ambiente hospitalar de pacientes com diagnóstico positivo para a covid-19 internados nas redes pública e privada do estado.
Na ocasião a secretaria informou que havia em estoque 50 mil comprimidos, e que uma nova carga, de 1 milhão de comprimidos, estava sendo adquirida.Gilmar foi o 46º óbito confirmado pela covid-19 no estado. Segundo a Sesab, o médico teve os primeiros sintomas da doença em 11 de abril.Segundo a Secretaria Estadual de Saúde da Bahia, há 47 mortes no estado. Os casos já são 1.489.
Ele chegou a apresentar melhora clínica, sem febre ou dispneia, quando apresentou um mal súbito e foi levado por familiares ao Hospital da Costa do Cacau, mas não resistiu.”Foi submetido a manobras de reanimação por 45 minutos, permanecendo sem estabilizar o ritmo cardíaco, terminando por evoluir para o óbito”, explicou Vilas-Boas.A direção do Hospital Regional da Costa do Cacau divulgou nota lamentando a morte.
“O colaborador permanecia em isolamento domiciliar na última semana quando nas últimas 48hs apresentou piora, sendo internado de urgência no HRCC. Neste momento de dor e consternação, deixamos os nossos mais sinceros pêsames aos familiares e amigos”, diz a mensagem.
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