Lojistas protestam pela reabertura do comércio no centro de Aracaju

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Parados há quase 120 dias, comerciantes temem danos irreversíveis mesmo após volta ao funcionamento

Um grupo de lojistas realizou um protesto, ao longo da manhã desta segunda-feira (13), na Praça General Valadão, no centro de Aracaju. Vestindo preto, com máscaras e respeitando o distanciamento social, os comerciantes pediram a reabertura do comércio sergipano e criticaram as propostas de lockdown levantadas por setores da sociedade.

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Prestes a completar quatro meses de portas fechadas, os empresários seguravam cartazes com o desenho de uma chave. Segundo eles, os quase 120 dias de inatividade levam seus negócios a uma situação de insustentabilidade.

“Esse é um pedido de socorro. Vamos chegar a 120 dias com as atividades paradas e entendemos que não podemos continuar com nossas obrigações em dia sem faturamento. Por isso, estamos entregando as chaves das nossas empresas ao Poder Público e ao Judiciário porque não conseguimos administrá-las da forma que as coisas estão postas”, afirma o empresário Maurício Vasconcelos.

Empresários protestam no centro de Aracaju. Foto: cedida ao F5 News

No dia 29 de junho, o governo do Estado deu início à reabertura gradual das atividades por segmentos agrupados em três fases, com previsão de reativação quase completa da economia até o começo de agosto. Ao final da primeira quinzena de julho, a fase um do Plano foi suspensa por determinação da Justiça Federal e a ausência de previsibilidade angustia ainda mais empresários, que já haviam elaborado um protocolo para garantir as condições de reabertura dos seus estabelecimentos. 

No manifesto, o grupo também sinalizou entender a preocupação com a situação de emergência sanitária decorrente da pandemia, mas defendeu a retomada consciente das atividades com respeito aos protocolos sanitários definidos pela própria Secretaria Estadual da Saúde (SES) para prevenir a disseminação do coronavírus.

A classe empresarial também alerta que a situação deverá manter-se preocupante mesmo após a volta ao funcionamento. Isso porque, como as lojas deverão enfrentar um período de espera pelo reaquecimento da atividade econômica, elas não sabem quanto tempo vão continuar operando com prejuízo.

“Está ficando muito claro que o comércio não é o culpado pelo aumento de casos, mas estamos sem nenhuma perspectiva. Temos mais de 800 lojas nos cinco shoppings do estado. Dessas, 200 já estão fechadas em definitivo, o que representa mil e quinhentos empregos perdidos e que não vão ser recuperados”, aponta o empresário Paulo Escariz, ao defender que os planos de abertura definidos pelo governo precisam ser repensados. 

F5 News procurou o governo de Sergipe, que não se pronunciou sobre a manifestação até a publicação desta notícia. O espaço segue à disposição.

*Colaborou Daniel Soares

Via F5 News

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